Figura 1 - Rio Tracunhaém (Em Tupi: Panela de Formigueiro) Figura 2 - Moradora lava roupa no rio |
Figura 1 - Alunos aprendem na prática o plantio da batata Figura 2 - Aluno arranca a macaxeira do solo |
O
projeto tem como objetivo o cumprimento das determinações previstas nas leis
10.639/03 e 11.645/08 que juntas alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional visando incluir a obrigatoriedade do ensino da “História e
Cultura Afro-Brasileira e Indígena” no currículo oficial da rede de ensino do
Brasil. Para tanto, nós que fazemos a Escola Municipal Cônego Deusdedith
decidimos cumprir as determinações da lei aplicando-a a realidade da comunidade
onde a instituição está localizada com o intuito de fazer com que nossos alunos
reconheçam a presença das culturas africana e indígena no seu cotidiano e,
assim, passem a valorizá-la cada vez mais.
Figura 1 - Artesã Maria de Lourdes confeccionando cachimbos Figura 2 - Sr. José Manoel iniciando um balaio (cesto de cipó) |
O
projeto apresentado à Comissão do Selo UNICEF Município Aprovado Edição
2009-2012 engloba os registros de tudo que fez e faz parte da história de
Urucuba, localidade onde reside o nosso corpo discente, conseguido através da
rotina de pesquisa, aulas passeio e entrevistas que acompanharam o andamento de
todo o projeto.
Figura 1 - Gestora Lúcia com alunos no Engenho Guabiraba Figura 2 - Restos de algumas máquinas do engenho |
Em
nosso documentário, procuramos mostrar alguns costumes dos índios e negros,
como o ato de moer milho entre duas pedras para fazer o xerém e o fubá, a
pescaria do “jereré” e anzol, a lavagem das roupas no rio utilizando apenas
como suporte a pedra; e a fabricação da farinha de mandioca com peças artesanais.
Dentre as atividades econômicas perpetradas pelos antepassados e que até hoje
são praticadas pelos moradores da comunidade encontramos as plantações de
batata doce, feijão, mandioca e inhame.
Figura 1 - Capela de Santa Ana, no Engenho Guabiraba Figura 2 - Prof.ª Pietronila explica sobre a história da capela |
No
artesanato, prática desenvolvida entre os índios como forma de desenvolver o
espírito coletivo, destacamos a arte de fazer objetos com cipó e a confecção de
cachimbos de barro confeccionados por membros da comunidade e levados para
diversos estados do Brasil, como Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. Mostramos também
um lugarejo chamado Cruz de Pedra. Na localidade, D. Maria, moradora da comunidade, contou
a história do confronto envolvendo um grupo de índios e
um padre, que resultou na morte do religioso.
O
rio que banha o distrito de Urucuba, onde é praticada a pescaria e cujas águas
servem para abastecer a comunidade, irrigar as plantações e criar animais
também foi lembrado. O Tracunhém, como é chamado, é um nome de origem tupi que
significa “panela de formiga” ou “formigueiro”. Visitamos, ainda, o Engenho
Guabiraba, o mais importante da história de Urucuba e cujo dono era pai do
Cônego Deusdedith, patrono da nossa escola e que tinha o desejo de libertar
todos os escravos do engenho. Para lá, no passado, foram levados muitos
escravos. Esse projeto foi trabalhado de maneira interdisciplinar, tendo como
objetivo principal o estudo das origens de Urucuba. Entretanto, a temática
cultura afro-brasileira e indígena já vem sendo vivenciada na escola em
momentos especiais, como a Jornada Pedagógica Interdisciplinar, evento que
acontece uma vez ao ano e que trabalhou o tema em dois mil e onze.
Figura 1 - Sr. Reginaldo explica sobre o moinho de pedra Figura 2 - Sra. Marinete e alunos no forno da casa de farinha |
Em
anexo a esse relatório, segue o DVD, onde está registrado o nosso documentário,
as autorizações do uso de imagem, um recorte do Jornal Viver Notícias, através do qual conseguimos divulgar para os
moradores de Limoeiro e outros 16 municípios (Agreste Setentrional, Mata Norte
e Região Metropolitana do Estado) o nosso projeto e fotos da Jornada Pedagógica
Interdisciplinar e do momento das entrevistas feitas pelos nossos alunos para a
composição do documentário.
Figura 1 - D. Maria explica a influência indígena na localidade Figura 2 - A moradora aponta onde havia uma cruz feita de pedra |